terça-feira, 29 de dezembro de 2009


Vão vazio,
um dentro que dentro do dentro sinto
um romper rasgante.
E até o silêncio,
tudo parece estar vazio.
Nem forte, nem fraco.
Num entre rodovias eu me sinto
um hiato,
que não cruza, não passa, não presta, não sincroniza,
tampouco protesta, agoniza.
Eu sou a chuva e a montanha onde piso,
eu sou o sol da tarde,
sou também um amigo meu,
eu sou aonde estou,
eu sou com quem estou,
e ainda assim, sou eu.
O que você vê, é só luz,
e enquanto você à vê,
ela fica dentro dos seus olhos,
logo você é o que você vê,
apesar de você sentir a terra abaixo de ti,
é em ti que sentes a terra,
o cheiro está dentro do seu nariz,
e o gosto dentro das papilas na tua língua,
o que você ouve, são seus ouvidos que vibram e absorvem este pulsar sonoro,
e este é o sentido mais misterioso que tem dentro de mim.
Eu sou o som da chuva na montanha,
sou esse cheiro de lama com jasmim,
sou este mar de paisagem, floresta, céu, oceano, barulho, labirinto.
Sou tudo isso que sinto,
até os sentidos mentem se não os deixar existir,
você tambem pode ser tudo o que quiser sentir.
Nós não enxergamos as coisas como são,
mas como somos.