sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ah Ofélia!!!


Outro dia me perguntaram, em meio a um ambiente etílicamente propicio para filosofações, quem era sheakspere pra mim.

E eu, bem que parei pra pensar, e no meu pensamento me perdi, enquanto a conversa alheia me parecia apenas eco na cabeça. E eu pensava... pra mim? Pra mim não é ninguem, nunca o conheci, nunca conversei com ele e ainda tenho serias duvidas sobre a existencia dele, de modo que a real pergunta naum seria quem ele era, e sim, o que ele é. E mesmo assim, não me parecia respondível.

Ao ouvir esse nome, o que me vem a cabeça não são conceitos formados, são impressões, cheias de possibilidades de erros e isso que o torna mais atraente, as mil interpretações que a mesma frase pode gerar. Olha, quem ou o que ele foi ou é, eu não sei, mas a certeza inenarravel que tenho ao seu respeito é o que ele me gera. Gera mais amor, mais amargura, mais compaixão, um pouco de tédio, uma tanto de melancolia e me faz sentir extremamente humana, com todos os defeitos atribuidos ao que ele chama de carne fraca, e pode crê, a minha carne é uma das mais fracas, ele me gera lágrimas, suor e a constatação da inocencia perdida, mas que ainda conta com um tanto de ingênuidade. Que é o que faz a poesia dos meus dias terem mais cores, gostos e sons. E é tão doce.

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